O presidente Lula defendeu hoje (9), em entrevista coletiva, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao criticar os “pessimistas” da política econômica do governo, e pediu que os petistas tenham “juízo”, lembrando a crise que o PT viveu nos últimos dois anos.
Lula afirmou que pretende viajar pelo Brasil para difundir o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e difundir o otimismo. "Acho que é um bom momento para o PT", afirmou o presidente após solenidade que marcou o início da produção comercial de gás natural do Projeto Manati, na Bahia.
"O PT saiu de uma crise profunda, o PT saiu fortalecido do processo eleitoral, elegeu cinco governadores, 83 deputados. Portanto, o povo deu uma chance enorme ao PT, dizendo: "Olhem, tomem juízo e sejam o partido grande que nós queremos que vocês sejam. E acho que o PT está maduro para isso", afirmou o presidente.
Lula também afirmou que a taxa básica de juros cai há nove meses seguidos e declarou que o câmbio será ajustado. "Porque de vez em quando as pessoas acham que é possível resolver os problemas da economia do país com mágica. A economia do país hoje é sólida. Temos quase US$ 100 bilhões de reservas, exportações de mais de US$ 140 bilhões, saldo de balança comercial de mais de US$ 40 bilhões, superávit em conta corrente, inflação controlada", afirmou Lula.
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O presidente descartou a possibilidade de o partido influir na política econômica. "E acho que as pessoas estão maduras para entender que a disputa interna não tem reflexo na política de governo, nem da Bahia, nem tampouco da presidência da Republica", afirmou.
Tarso: “Nunca fui liderado por Dirceu”
Continua a briga internado PT. Após as declarações do ex-ministro José Dirceu (PT-SP), dizendo que ninguém no partido irá cometer o “haraquiri” (leia mais), numa referência às críticas do grupo do ministro Tarso Genro, que quer “refundar” o PT, foi a vez do próprio Genro rebater: “Nunca fui liderado por Dirceu”.
Para Tarso, “o debate político não exige o suicido de posições de ninguém”. Ele ainda declarou que não existem conflitos pessoais com Dirceu e que esse tipo de associação vulgariza questões importantes para o PT.
"Falar em guerra com o ex-ministro da Casa Civil é uma tentativa de desqualificar posições e vulgarizar questões de fundo. Isso não pode ser tratado como uma contenda individual", disse.
Amanhã o grupo de Tasso irá entregar à militância petista um documento intitulado “Mensagem ao Partido” (leia mais), onde fará duras críticas à condução da sigla pelo chamado Campo Majoritário, tendência da qual faz parte José Dirceu.
A pré-divulgação do documento – versões circularam entre petistas – criou mais arestas entre as tendências do partido. A tropa de choque do Campo Majoritário conseguiu que a palavra “refundação” e “corrupção ética e programática” fossem retiradas do texto.
Dizendo não ter sido o responsável pelas modificações, Tarso se limitou a comentar que: "As posições do nosso documento não ficaram prejudicadas por causa da retirada dessa palavra".
Anistia
Na noite de ontem, durante os preparativos para o encontro do PT em função do aniversário de 27 anos da sigla, o movimento de anistia para José Dirceu foi lançado pela juventude da legenda. Tarso preferiu não comentar o assunto alegando que sua posição se confundiria com a do governo. "Eu não posso me manifestar porque minha posição se confunde com a posição de governo".
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Dirceu: "Não estou disputando com Tarso"
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo, afirmou que não existe uma disputa entre ele e o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro. Segundo Dirceu, o que ocorre é que ele tem idéias e propostas que não coincidem com as de Tarso.
“Tudo se renova, as pessoas mudam. Nem o Campo Majoritário será o que era. Mas ninguém vai fazer haraquiri (tradição milenar em que o guerreiro tira a própria vida para recuperar a honra perdida) no PT”, ressaltou Dirceu, referindo-se a polêmica carta do ministro.
Quanto ao documento, Dirceu disse que, do jeito que foi inicialmente apresentado, era calunioso e ofensivo à legenda e ao governo. Pois, em um dos trechos, o texto fazia referência a uma “corrupção ética e programática no partido”.
“A ofensa não foi a mim. Sem esses termos, o documento levanta uma contribuição importante para o debate. Acho importante que o PT se renove”, declarou.
Sobre a idéia de apresentar um projeto de anistia no Congresso e os comentários de Tarso de que o assunto não está na agenda do partido, Dirceu respondeu que: “não foi ele quem disse: eu já falei que a anistia não é assunto do PT e do governo”. “Não vai haver nenhuma campanha agora nem comitê nacional, nada disso”, afirmou.
Dirceu ressaltou também que já contratou profissionais para avaliar o melhor momento de lançar a campanha pela anistia. “Tenho viajado pelo país e obtido apoios. O que não queria é que tivesse acontecido isso: não sou protagonista do encontro do PT nem do governo”, finalizou.
Dom Geraldo Majella diz que é contra a anistia de Dirceu
O presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Majella, afirmou no início da tarde de hoje (9), em entrevista coletiva, ser contrário ao projeto de anistia ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que teve o mandato de deputado cassado em 2005 devido ao escândalo do mensalão.
"Não houve tempo para que o responsável pelo ilícito seja punido ou dê respostas à comunidade, e já falam em anistia. Nós não podemos concordar", afirmou. O religioso também falou sobre a reforma política. "Ela é o desejo de todos que desejam a melhoria do país", declarou.
Questionado sobre a redução da maioridade penal, devido à morte do menino João Hélio, de 6 anos, no Rio de Janeiro, depois de ser arrastado por sete quilômetros, dom Geraldo se mostrou contra.
"Quanto mais a pessoa esteja em uma situaç
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