Mário Coelho
Os advogados do governador preso e cassado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), entraram nesta quarta-feira (17) com um pedido de prisão domiciliar no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A defesa quer que Arruda se recupere em casa do cateterismo ao qual deve ser submetido amanhã (18). A ação foi um adendo ao pedido de revogação de prisão apresentado ontem.
De acordo com a assessoria do STJ, a petição não será analisada hoje pelo relator do Inquérito 650DF, ministro Fernando Gonçalves. Somente nesta quinta-feira é que ele vai analisar o pleito dos advogados do governador. Ontem (16), a defesa de Arruda já havia pedido a revogação de sua prisão preventiva decretada em 11 de fevereiro pelo STJ sob acusação de tentativa de suborno de uma testemunha do esquema de corrupção desmontado pela PF.
De acordo com o advogado Nélio Machado, o objetivo da defesa é a revogação da prisão. “Por causa da constatação do quadro de saúde do governador pelo doutor Caiado, fiquei preocupado e apresentei um adendo ao tribunal solicitando autorização para Arruda se recuperar em casa”, afirmou o advogado. “Claro que, em havendo problemas de saúde, o Ministério Público jamais irá se opor a que isso seja verificado, embora, de início, o próprio médico particular tenha afirmado que ele estava em boas condições”, disse o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
No pedido de revogação de prisão, os advogados argumentam que não existe justa causa para a prisão do governador. Além disso, afirmam que a falta de prazo para as investigações terminarem é outro motivo para liberar Arruda. Na ação, voltaram a reclamar das instalações oferecidas pela Polícia Federal. “Arruda está preso numa masmorra”, disse Nélio Machado.
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