Edson Sardinha
Cerca de 200 pessoas estão soterradas no Morro do Bumba no Cubango, em Niterói, após um deslizamento que atingiu pelo menos 50 casas por volta das 20h50 dessa quarta-feira (7), segundo a Defesa Civil do Rio. Seis corpos foram encontrados e 21 sobreviventes resgatados até as 10h. Mas o subsecretário da Defesa Civil, coronel Pedro Machado, diz que são mínimas as chances de se encontrarem mais pessoas com vida.
“Pela nossa experiência é uma morte instantânea. Desceu uma grande quantidade de terra, pedra e lixo”, disse Machado. “É muito difícil encontrar alguém vivo. É diferente do Haiti, onde prédios desabaram e as pessoas ficaram presas em bolsões de ar. Aqui foi uma grande quantidade de terra. Quando cai, toma todo o ambiente”, afirmou o coronel, que também é comandante do Corpo de Bombeiros, ao portal G1.
O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse que aguarda contato do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), para enviar mais apoio ao estado. Segundo o ministro, dois helicópteros e 40 bombeiros da Força Nacional já trabalham no atendimento às vítimas.
“Tem mais ação prevista depois do que houve ontem em Niterói. Aguardamos o governador nos contatar. Podemos colaborar com qualquer ajuda que ele precisar”, afirmou Barreto no programa “Bom dia, ministro”.
Com as seis mortes confirmadas em Niterói, sobe para 153 o número de vítimas fatais com as chuvas que atingem torrencialmente o estado do Rio desde a noite de segunda-feira (5). Antes do deslizamento, o município vizinho à capital fluminense já contava 79 mortos.
As autoridades de Niterói dizem que não há previsão para o término das buscas no morro. Há 25 anos funcionava um aterro sanitário no local, o que dificulta o trabalho dos bombeiros, já que o resgate não pode ser manual por causa do risco de doenças.
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