Pesquisa Datafolha divulgada hoje pela Folha de S. Paulo mostra que o candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra, e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), mantêm a vantagem mostrada nos últimos levantamentos realizados. Dessa forma, os dois continuam com a previsão de vitória já no primeiro turno.
Ainda de acordo com o Datafolha, o senador Eduardo Suplicy (PT) também está com essa eleição praticamente garantida em São Paulo. Já em Minas, a disputa para o Senado está acirrada entre o ex-governador Newton Cardoso (PMDB) e o deputado federal Eliseu Resende (PFL).
Segundo a pesquisa, em São Paulo, Serra manteve a dianteira após o início do horário eleitoral e, se a eleição fosse hoje, venceria no primeiro turno, com 59% dos votos válidos. Em relação à pesquisa anterior, realizada em 7 e 8 de agosto, o tucano oscilou de 49% para 48%, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.
Após cinco dias de propaganda eleitoral, o levantamento captou oscilações, dentro da margem de erro – dois pontos para mais ou para menos – de Serra e do segundo colocado, o senador Aloizio Mercadante (PT).
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Em comparação com a pesquisa anterior, o tucano oscilou de 49% para 48% e Mercadante de 17% para 18%. Orestes Quércia (PMDB) ficou estável com 10%, na terceira posição. O percentual de indecisos é 10% e 8% votariam em branco ou anulariam o voto. Foram feitas 1.931 entrevistas em 57 municípios. Na pesquisa espontânea, Serra tem 23%, Mercadante, 9%, e Quércia, 3%.
O levantamento também captou uma elevação da transferência de votos de Lula para Mercadante. Foi registrado aumento de quatro pontos percentuais de eleitores que demonstram intenção de votar em Lula e Mercadante (de 30% para 34%).
"Acredito que seja resultado direto da campanha na TV", disse Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha. Como o aumento ainda é pequeno, explica Paulino, não interfere no resultado geral da pesquisa. Lula apareceu em todos os programas do petista. Já Geraldo Alckmin teve uma rápida aparição no programa de Serra.
Entre os eleitores que votariam em Alckmin à presidência, 73% votariam em Serra, 8% em Mercadante, e 8%, em Quércia. Quando escolhem Lula, 34% optam por Mercadante, 31% por Serra e 13% por Quércia.
Em um provável segundo turno, Serra teria ampla vantagem sobre Mercadante: 60% a 29%. Contra Quércia, vence por 62% a 23%. Apesar da liderança, o tucano caiu dez pontos percentuais de março a agosto. Mercadante subiu sete pontos no período. Ambos estão tecnicamente empatados no quesito rejeição: 18% e 20%, respectivamente. Quércia é o campeão, com 26%.
Aécio aparece 62 pontos à frente de Nilmário em Minas
De acordo com a pesquisa, se a eleição fosse hoje, o governador mineiro Aécio Neves (PSDB) seria reeleito já no primeiro turno com 71% das intenções de voto. No levantamento anterior, no começo de agosto, Aécio tinha 74% das intenções de votos. Na pesquisa, o ex-ministro Nilmário Miranda (PT) aparece com 9% das intenções de voto. Antes, ele tinha 7%. Aécio está 62 pontos percentuais à frente de Nilmário.
Também aparece na pesquisa a taxa de intenção de voto no candidato do Prona, Fábio Magalhães, com 2%. O Datafolha ouviu 1.283 pessoas em 59 municípios. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Senado
Na avaliação da corrida eleitoral para o Senado em Minas. Fica evidente a disputa entre o ex-governador Newton Cardoso (PMDB), que cresceu seis pontos, e o deputado federal Eliseu Resende (PFL), que cresceu quatro. A diferença entre eles é de 12 pontos. Newton foi de 21% para 27%, e Eliseu foi de 11% para 15%.
Suplicy abre 36 pontos de vantagem
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) está com a reeleição praticamente garantida, segundo o Datafolha. De acordo com o levantamento feito entre os dias 21 e 22, o petista subiu sete pontos percentuais em relação ao levantamento anterior (dias 7 e 8), passando de 35% para 42% das intenções de voto.
O segundo colocado, Guilherme Afif Domingos (PFL), tem 6% da preferência do eleitorado. Os outros 17 candidatos alcançaram 2%, 1% ou 0% das intenções de voto.
Suplicy obtém votos em todos os estratos partidários, não exclusivamente de simpatizantes do PT. Dos eleitores que declararam voto em Lula, 52% votam em Suplicy. Dos que votariam em Alckmin para a Presidência, 39% dariam o voto ao petista para a vaga no Senado.
Houve redução significativa do universo de indecisos: de 35% para 24%. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
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