As crises nos cenários nacional e local resultaram na queda de popularidade da presidenta Dilma Rousseff, do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito da capital paulista, Fernando Haddad. De acordo com pesquisa divulgada neste sábado pelo Instituto Datafolha, Dilma é a principal afetada. Com a piora da economia brasileira e as sucessivas denúncias de corrupção na Petrobras, a petista viu o índice de aprovação ótimo/bom despencar 19 pontos percentuais. Já o governador tucano perdeu dez pontos, enquanto o prefeito caiu dois.
De acordo com o Datafolha, Dilma tinha 42% de avalição ótimo/bom em dezembro. Este índice caiu para 23% agora. Sua aprovação é maior entre as pessoas com mais de 60 anos (29%) e com renda de até dois salários mínimo mensais (27%). Por outro lado, o percentual da população que considera a administração da petista ruim ou péssimo quase dobrou: em dezembro era 24%, agora chegou a 44%. Adultos entre 25 e 34 anos (46%) e os mais ricos (65%), que recebem mais de dez salários mínimos mensais, mais desaprovam a presidenta.
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O índice de reprovação de Dilma é o seu recorde negativo e a pior marca que um presidente atinge desde que Fernando Henrique Cardoso obteve 46% de ruim ou péssimo em dezembro de 1999. A pesquisa revela que 77% sabia da corrupção na Petrobras. A maior parte (52%) considera que a petista deixou que ilícitos ocorressem na estatal, enquanto 25% acredita que não havia nada para evitar. Outros 14% entendem que ela não tinha conhecimento das irregularidades.
No último levantamento do Datafolha para governador, em outubro, Alckmin aparecia com 48% de ótimo e bom. Agora, ele tem 38%. Enquanto isso, a avaliação regular oscilou de 34% para 36% e o ruim ou péssimo escalou de 13% para 24%. Assim como Dilma, o tucano é melhor avaliado entre os eleitores mais velhos, acima de 60 anos, e entre os mais pobres. Da mesma forma que a presidenta, segundo o instituto, ele tem os piores índices entre os adultos de 25 a 34 anos e os mais ricos.
Já Haddad experimentou uma pequena oscilação para baixo no índice de ótimo/bom – de 22% para 20%. No entanto, a quantidade de paulistanos que considera sua administração regular caiu de 44% para 33%. O ruim ou péssimo teve uma subida considerável, disparando de 28% em setembro do ano passado para 44% em janeiro.
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