Cunha informou que, mesmo assim, o plenário terá votações normalmente. Um dos principais itens da pauta é o projeto de lei que reduz a desoneração da folha de pagamentos, que faz parte do pacote de ajuste fiscal da presidente Dilma.
A decisão de liberar quase um terço dos deputados do desconto no salário faz parte de um acordo fechado pelos líderes partidários, ressaltou o presidente da Câmara. Mas o benefício concedido aos deputados nordestinos causou polêmica. O deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) protestou, reclamando que o acordo dos líderes passava por cima do regimento interno e tratava de maneira distinta os parlamentares das demais regiões.
“Eu não consigo entender por que apenas a região Nordeste. Eu acho até que não deveria ser para ninguém”, afirmou Sávio. “São João é São João de norte a sul!”, emendou. “Acordo é acordo”, devolveu Cunha.
O deputado tucano insistiu: “Minas Gerais comemora São João. Eu virei trabalhar. Agora, ou esta Casa submete uma regra aos 513 deputados ou esta não é uma Casa democrática. Não aceito isso, que fique claro”. O presidente da Câmara retrucou. “Vossa Excelência não aceita, tudo bem. Reclame com seu líder”, disse o peemedebista, encerrando a discussão.
Desde que assumiu a presidência da Casa, em fevereiro, Cunha intensificou o ritmo de votações em plenário, exigindo a presença dos deputados nas sessões de quinta-feira à tarde e aumentando o rigor na exigência das justificativas das faltas.
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