O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) adiantou ao Congresso em Foco que irá conversar hoje (27) com o líder de seu partido, Jefferson Péres (AM), para sugerir que o PDT apóie o Psol na representação contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF).
"Por que só o Psol tem que ficar entrando com representação para apurar essas denúncias?" questionou Cristovam, acrescentando que a posição do partido com relação ao caso Renan é "investigar até as últimas conseqüências".
Cristovam foi governador do DF entre 1994 e 1998. Roriz, por outro lado, foi nomeado governador em 1988 e depois eleito em 1990, 1998 e 2002, deixando o cargo em março de 2006 para disputar a vaga no Senado.
O peemedebista é acusado de participar de um esquema de lavagem de dinheiro desmontado pela Polícia Civil do Distrito Federal durante a Operação Aquarela.
Em uma conversa telefônica com um dos envolvidos no esquema, o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB) Tarcísio Franklin de Moura, Roriz combina onde serão entregues e distribuídos R$ 2,2 milhões.
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De acordo com o senador o dinheiro seria do dono da Gol Linhas Aérea, Nenê Constantino, e fruto da venda de uma fazenda. Segundo a versão apresentada por Roriz, ele teria ficado encarregado de descontar o cheque, nominal ao empresário, porque havia pedido a ele um empréstimo. Após resgatar o dinheiro, Roriz iria pegar a parte solicitada como empréstimo (R$ 300 mil) e entregar o restante R$ 1,9 milhão a Nenê Constantino.
A versão de Roriz, no entanto, deixa uma série de dúvidas. Entre elas o porquê de um cheque do Banco do Brasil, que deveria ser descontado por Nenê Constantino, foi compensado no BRB, onde o empresário não possui qualquer conta bancária. (Soraia Costa)
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