Se o atual governo priorizasse investimentos em educação, teria preparado o terreno para que o analfabetismo fosse erradicado em 15 anos. Essa é a opinião do candidato do PDT à presidência, Cristovam Buarque. Em sabatina promovida pelo jornal O Globo, no Rio de Janeiro, ele afirmou ainda que não vê diferença entre o presidente Lula e o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin.
O senador disse que quando foi ministro da Educação, no início da gestão de Lula, fixou uma data para o fim do analfabetismo, mas não contou com o apoio do Planalto para desenvolver suas propostas.
“Em 15 anos, se tivéssemos persistido, teríamos resultados. Eu comecei a certificação federal dos professores, mas saí antes de dar continuidade e o governo não avançou nisso. Deixei recursos para implantar horário integral nas cidades brasileiras, mas isso não avançou. O analfabetismo tinha data para terminar. Mas desfizeram tudo”, afirmou.
Segundo Cristovam, embora o número de crianças matriculadas na escola hoje seja alto, a quantidade de alunos que concluem o ensino médio não acompanha esse crescimento. “Temos 98% das crianças matriculadas, mas só 18% terminam o ensino médio de qualidade. É a mesma coisa que dizer que a Lei do Ventre Livre foi um avanço”, afirmou.
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Questionado sobre quem apoiaria em um eventual segundo turno entre Lula e Alckmin, afirmou que “tanto faz”. “Não vejo diferença de um para o outro, a não ser de personalidade. Só não defenderei o voto nulo”, afirmou.
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