O presidente interino Michel Temer cancelou o almoço que tinha marcado para esta terça-feira (24) com líderes de bancadas de deputados que apoiam o seu governo na Câmara. O motivo foi a crise política gerada com a revelação de conversas entre o ex-ministro do Planejamento Romero Jucá, que é presidente do PMDB, com o ex-presidente da estatal Transpetro Sergio Machado, sobre as ações políticas que o novo governo deveria tomar para barrar a Operação Lava Jato, que investiga o envolvimento de políticos em corrupção na Petrobrás.
Michel Temer preferiu utilizar a terça-feira para tentar amainar a crise política gerada pelas revelações de Jucá e Machado, que envolvem ministros do Supremo Tribunal Federal, senadores do PSDB, o presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o próprio Temer. O almoço serviria para Temer tentar apressar a aprovação do déficit público de R$ 170,5 bilhões constatado pela nova equipe econômica.
Alguns líderes na Câmara da nova base aliada da gestão Temer exigiram a demissão sumária de Jucá, concretizada no final da tarde com o pedido de licença do senador que fazia parte da equipe econômica. As gravações da conversa de Jucá com Machado assustaram líderes de várias legendas que apoiam temer na Câmara. O PSD, por exemplo, prefere um distanciamento inicial do governo, apesar de o presidente da legenda, Gilberto Kassab, ser o ministro da Ciência e Tecnologia e Comunicações.
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