Balanço divulgado ontem (31) pela CPI dos Sanguessugas revela que o colegiado tem provas documentais contra 54 (60%) dos 90 parlamentares investigados de envolvimento com a máfia das ambulâncias, que movimentou desde 2001 cerca de R$ 110 milhões na venda de ambulâncias superfaturadas a prefeituras.
Segundo o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), há provas testemunhais contra outros 21 acusados (23%) e membros do colegiado vêem provas fortes contra 23. Somando os 60% contra os quais haveria "provas documentais" aos 23% contra os quais pesariam "provas testemunhais" chega-se a 83% (75) dos 90 investigados. O balanço divulgado ontem pela CPI afirma ainda que contra 15 dos 90 investigados (17%) não há "evidência de pagamentos" partindo da quadrilha.
"Você tem aproximadamente 80% dos parlamentares com algum tipo de prova material. Isso não significa que eles serão condenados, mas é aquilo que eu disse desde o início, que há algum tipo de prova material", declarou Jungmann.
Técnicos e integrantes da CPI discordam de Jungmann e afirmam que não passam de 30% aqueles contra os quais há forte indício de envolvimento. Isso porque eles não consideram a acusação de Vedoin de que entregou dinheiro vivo ao parlamentar (23% do total) como prova suficiente: seria a palavra de Vedoin contra a do deputado, já que não há comprovante bancário da transação.
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