A CPI da Crise Aérea ouve agora o superintendente de Empreendimentos de Engenharia da Infraero, Armando Schneider Filho. Em seu depoimento, Schneider garantiu que não houve um documento atestando a homologação da pista principal do aeroporto de Congonhas após a conclusão de sua obra, o que causou espanto aos membros da CPI, mas que a liberação havia sido correta.
Schneider reiterou que percorreu pessoalmente a pista juntamente com dois técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no dia em que a pista foi liberada para funcionamento. Segundo o superintentendente de Empreendimentos e Engenharia, nem a Infraero e nem a Anac produziram um documento formal dizendo que a pista havia sido verificada, mas que ela estava pronta para uso.
O relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), disse que “salta aos olhos que não tenha havido um documento atestando a homologação da obra”.
Outra questão levantada foi a da liberação da pista antes da feitura dos groovings, que são ranhuras feitas para ajudar no escoamento da água das chuvas. De acordo com Schneider, o grooving só é essencial em situações de chuvas muito fortes. "Grooving não é fator definitivo para a liberação de uma pista. Tanto o incidente com o avião da Pantanal, quanto com a tragédia com o avião da TAM não foram provocados por aquaplanagem", garantiu ele.
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O setor de Empreendimentos de Engenharia, do qual Schneider faz parte, é responsável, entre outras atividades, pela contratação e acompanhamento de obras nas pistas dos aeroportos. (Soraia Costa)
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