Segundo o Correio Braziliense, integrantes da CPI dos Sanguessugas já cogitam a possibilidade de votarem a quebra do sigilo bancário dos parlamentares envolvidos na máfia das ambulâncias. Eles afirmam ainda que devem prorrogar os trabalhos da comissão por mais dois meses, que seria o tempo necessário para reunir documentos dos 105 congressistas acusados. Até o momento, a CPI só reuniu informações de 45.
No entanto, o relator da comissão, senador Amir Lando (PMDB-RO), admitiu ontem a dificuldade para colocar o tema em votação. Ele não acredita que a CPI, formada por 36 deputados e senadores, conseguirá o quorum necessário. Votações como essa, na maioria das vezes, dependem de um acordo entre as lideranças partidárias. Como os investigados pertencem a pelo menos 10 legendas, fica mais complicado chegar a um entendimento.
Desde a instauração da CPI, a quebra de sigilo bancário e fiscal foi votada e aprovada apenas contra os integrantes da família Trevisan-Vedoin, apontada pelo Ministério Público Federal como chefes do esquema, e contra as empresas a eles pertencentes.
De qualquer forma, o vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), afirmou que a CPI não poderá fugir do debate na próxima semana. “Irei apresentar os requerimentos”, garantiu.
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