Com o apoio do relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), a CPI dos Cartões Corporativos acaba de aprovar o requerimento do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) que pede o nome dos titulares dos cartões corporativos do Executivo federal.
Segundo o relator, as informações sobre os portadores dos cartões lotados nas unidades gestoras dos ministérios, das secretarias especiais, autarquias, empresas públicas e fundações são fundamentais para a continuidade das investigações. “O pedido contempla mais de 99% dos portadores de cartão”, defendeu Luiz Sérgio.
Agora chega a dez o número de requerimentos já aprovados nesta manhã pela comissão. Apesar da aprovação dos pedidos, a oposição continua reclamando do papel dos governistas. Os oposicionistas insistem na abertura dos dados sigilosos da Presidência da República.
“A mais leve menção à palavra sigilo faz com que a base faça questionamentos”, protestou o líder do DEM, senador José Agripino (RN). Sem sucesso, o senador potiguar pediu que fosse votado o primeiro item da pauta, que pede à Casa Civil informações sobre os dados sigilosos do Palácio do Planalto.
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“Se esse requerimento for aprovado, teremos dado um passo importante, porque esses requerimentos de consenso são peças isoladas, sem importância”, afirmou.
Bisbilhotice
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) disse que a quebra de sigilo deve ter uma motivação. Segundo ele, o pedido deve ser feito apenas como medida extrema porque, do contrário, a CPI irá de encontro ao que prega o Judiciário. “Não podemos banalizar a quebra do sigilo”.
A presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), reagiu à declaração de Teixeira. “Esta CPI, como todas as outras, não foi feita para bisbilhotar. A CPI tem todo o direito de abrir o sigilo se assim achar necessário. Não se pode partir do princípio de que os parlamentares já sabem o que está em sigilo. Há indícios, e se não houvesse, não haveria para razão para CPI”, afirmou.
“Está aparecendo que há um grande acordão. Parece um conclave para a escolha do papa, em que todos concordam com tudo”, ironizou o deputado Vic Pires Franco (DEM-PA). Neste momento, a CPI dos Cartões Corporativos analisa novos requerimentos. (Soraia Costa)
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