A CPI dos Sanguessugas se reúne nesta segunda-feira para ouvir reservadamente assessores parlamentares suspeitos de envolvimento com a máfia das ambulâncias. As informações podem ser acrescidas ao texto parcial que o relator, senador Amir Lando (PMDB-RO), vai apresentar até o fim desta semana.
Ao todo, 90 parlamentares suspeitos de participação na fraude devem ser citados no relatório. Três senadores e 87 deputados foram acusados de elaborar emendas ao Orçamento da União para beneficiar a Planam, que vendia ambulâncias para municípios a preços superfaturados.
Um dos sócios da Planam, o empresário Luiz Antonio Trevisan Vedoin, chega hoje a Brasília. Ele será ouvido novamente amanhã a portas fechadas, a partir das 9h, por Lando e pelo presidente da CPI, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), e deve apresentar provas contra vários parlamentares acusados de envolvimento no esquema.
Vedoin foi ouvido pela CPI duas vezes na semana passada. Operador da máfia das ambulâncias no Congresso, ele revelou detalhes de como funcionava a fraude em depoimento à Justiça Federal do Mato Grosso e colocou sob suspeita mais de cem parlamentares. Foi com base neste depoimento que a CPI notificou 33 dos 90 investigados.
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Além de ouvir os assessores, a comissão vai decidir hoje quando ocorrerá a votação dos cerca de 50 requerimentos em pauta, entre eles os que pedem a convocação dos ex-ministros da Saúde Humberto Costa e Saraiva Felipe, da gestão de Lula. O depoimento de Vedoin levantou a hipótese de envolvimento deles com a fraude dos sanguessugas.
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