Segundo levantamento feito jornal Correio Braziliense, as emendas dos 72 parlamentares apontados no relatório parcial da CPI dos Sanguessugas e dos 10 ex-congressistas denunciados pelo Ministério Público somaram R$ 192 milhões em cinco anos. Desse montante, R$ 145 milhões já foram pagos. O que significa que os envolvidos no esquema fraudulento ainda tinham R$ 47 milhões a receber (recursos já reservados no orçamento federal).
De acordo com a reportagem, em 2004 foram gastos R$ 46,7 milhões do orçamento com aquisição de ambulâncias. No caso dos investimentos em equipamentos hospitalares houve um crescimento de R$ 6,2 milhões, em 2003, para R$ 23 milhões, em 2004. Sendo empresas ligadas à Planam, firma da família Vedoin, as principais vencedoras das licitações a partir de 2004.
Já a partir de 2005, as licitações para compra de materiais hospitalares ficam mais rentáveis do que as para ambulâncias. No ano passado, foram destinados R$ 47,3 milhões para aquisição de equipamentos e R$ 18,5 milhões para ambulâncias.
Convênios assinados em 2005 para serem executados neste ano destinam R$ 10 milhões para ambulâncias e 36,7 milhões para equipamentos hospitalares. A maior parte dos recursos está direcionada para o Rio de Janeiro. São R$ 21 milhões já reservados.
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Dos parlamentares do Rio, o que conseguiu a maior quantia de dinheiro foi o deputado José Divino (PRB), que reservou R$ 2,3 milhões, numa única emenda, para o Instituto Brasileiro de Educação e Cultura. De acordo com o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, Divino mantinha no gabinete da Câmara a funcionária da Planam que, em seguida, seria infiltrada no Ministério da Justiça: Maria da Penha Lino.
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