O Instituto Brasileiro de Resseguros (IRB) registrou, em 2002, um prejuízo de US$ 5,4 milhões (cerca de R$ 21 milhões, pelo câmbio da época), segundo relatório preliminar apresentado hoje pela sub-relatoria que investiga a empresa na CPI dos Correios. Segundo o sub-relator, deputado Carlos Willian (PMDB-MG), o IRB tinha mais de US$ 240 milhões em investimentos na época (R$ 948 milhões) no exterior, por intermédio de três corretoras de resseguros: a Goldman Sachs, a Dean Winter e a Salomon Brothers.
“Esse prejuízo provavelmente gerou lucro a terceiros, podendo ser a fonte dos recursos para caixa dois de campanhas eleitorais ou de enriquecimento ilícito de particulares”, declarou o deputado.
Willian afirmou que vai pedir o bloqueio dos bens e a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico de Demósthenes Madureira de Pinho Filho, que presidiu o instituto em 2002, do então vice-presidente, Carlos Eduardo Tavares, e do diretor-financeiro da empresa na época, José Eduardo Batista.
Em seu relatório preliminar, o deputado citou ainda auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que indicou possíveis favorecimentos a corretores de resseguros, além do pagamento irregular de indenização, no valor de R$ 15 milhões, para a Companhia de Fiação e Tecidos Guaratinguetá.
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