Em clima de confronto entre governo e oposição, a CPI dos Correios se reúne às 12h para apresentação do relatório final da comissão. O documento tem mais de 3 mil páginas, que condensam os trabalhos do Plenário e das cinco sub-relatorias da CPI ao longo de nove meses. Apesar de apresentado esta semana, o relatório só deve ser votado no começo de abril.
O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), admitiu ontem que a comissão pode ter dois relatórios finais, um dos quais elaborado pela base governista. “Pode acontecer sim, apesar de não ser regimental. Mas é fundamental aprovar um relatório conclusivo”, disse. “Estamos procurando discutir para chegar a um consenso, mas se não tiver esse consenso, vai a voto”, completou.
Segundo Delcídio, "visões diferenciadas sobre os saques e a formação de caixa dois", além das posições divergentes sobre "o foco do mensalão e os indiciamentos", podem causar tumulto na reunião de hoje, quando deve ser lido o relatório final da CPI. A apresentação do texto estava prevista para ontem à tarde, mas foi adiada a pedido do relator.
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Serraglio deve citar Lula de maneira sutil. O relator deve dizer que não há provas de que o presidente sabia do mensalão, mas que indícios levam a crer que ele foi informado. Mas nem assim a base aliada admite que a principal liderança petista seja mencionada.
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