Depois de meses investigando o governo Lula, a CPI do Mensalão volta, esta semana, sua artilharia para o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), entre 1995 e 2002. Nesta terça-feira (25), a CPI ouve, a partir das 11h30, os ex-deputados do PMDB acreano Osmir Lima e Chicão Brígido, acusados de vender o voto deles para a aprovação da emenda da reeleição, em 1997, durante a gestão FHC. Na quarta-feira (26), a partir das 11h30, é a vez de depor o deputado Ronivan Santiago (PP-AC), flagrado à época numa gravação vendendo seu voto e que renunciou ao mandato.
A trégua com o governo Lula, no entanto, vai durar pouco. Na quinta-feira (27), a CPI realiza, a partir das 10h, uma megaacareação entre o empresário Marcos Valério, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e a ex-secretária da agência SMP&B Simone Vasconcelos. Os três permanecerão na sala de reuniões da comissão ao longo de todo o dia. Um a um, serão chamados a entrar no auditório o presidente do PL, ex-deputado Valdemar Costa Neto, o ex-assessor do PP João Cláudio Genu, o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas, o ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri e o ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos.
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O principal objetivo da acareação é descobrir a origem, a quantia e o destino dos repasses feitos por Valério e Simone, sob orientação de Delúbio, a partidos da base aliada. Todos os encontros da CPI do Mensalão ocorrem na sala 6, da ala Nilo Coelho, no Senado.
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