Pelo menos três senadores estão envolvidos no esquema de compra de ambulâncias superfaturadas e equipamentos hospitalares conforme revelou um dos membros da CPI dos Sanguessugas que acompanham os depoimentos dos donos da Planam em Cuiabá. São eles: a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), os senadores Magno Malta (PL-ES) e Ney Suassuna (PMDB-PB).
Os nomes foram citados pelo empresário Luiz Antônio Vedoin em seu depoimento à Justiça e confirmados por Ronildo Medeiros e Darci Vedoin, outros dois empresários do esquema, em seus depoimentos dados ontem aos integrantes da CPI.
De acordo com declarações de membros da CPI, outros 62 parlamentares passaram a integrantes do esquema suas senhas exclusivas fornecidas pelo Ministério da Saúde para controle e acompanhamento de projetos para compra de ambulâncias e equipamentos. "Não é uma prova cabal de envolvimento, mas esses parlamentares têm que se explicar", diz Jungmann. Segundo o deputado, os empresários informaram ainda à CPI que contavam com a ajuda de integrantes "de médio escalão" do Executivo.
Luiz Antônio Vedoin afirmou que Ney Suassuna teria conhecimento do esquema, mas que os contatos eram feitos com seu assessor Marcelo Cardoso de Carvalho, demitido após o escândalo. Suassuna nega qualquer relação com o esquema e informa nunca soube das relações de seu assessor com os empresários. A senadora petista negou conhecer integrantes do esquema ou ter tido qualquer envolvimento com ele.
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Magno Malta teria chegado a negociar emendas com o grupo, mas acabou não inscrevendo as propostas no Orçamento. A assessoria do senador, que está em viagem pelos Estados Unidos, negou qualquer envolvimento com a máfia das ambulâncias.
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