O Senado deve instalar, ainda nesta semana, a CPI das ONGs e a CPI do Apagão Aéreo, espelho da comissão parlamentar de inquérito em funcionamento na Câmara. Autor do requerimento de criação da CPI das ONGs, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) acredita que a comissão que irá apurar irregularidades envolvendo as organizações não-governamentais não será ofuscada pelas investigações da crise aérea.

"Não há esse perigo. O Brasil não pode ficar com as ONGs do jeito que estão. O bom senso tem que prevalecer", afirmou à Folha Online. Apenas o PT e o PR ainda não indicaram os nomes de seus representantes para a CPI. As liberações do Ministério do Turismo (MTur) para entidades vedadas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – conforme publicou com exclusividade o Congresso em Foco (leia aqui) – farão parte das primeiras investigações da CPI das ONGs do Senado. A informação foi confirmada na semana passada a este site (leia mais) pelo próprio Heráclito.

Dono da maior bancada da Casa, o PMDB terá cinco parlamentares na comissão que investigará as ONGs. Foram indicados Valdir Raupp (RO), Valter Pereira (MS), Romero Jucá (RR), Leomar Quintanilha (TO) e Wellington Salgado (MG). Pelo DEM, Heráclito, César Borges (BA) e Demóstenes Torres (GO). Os tucanos, que têm direito a três vagas, indicaram Arthur Virgílio (AM), Sérgio Guerra (PE) e Marisa Serrano (MS). O PDT indicou Jefferson Péres (AM). O PTB, de Walfrido, será representado por Mozarildo Cavalcanti (RR). (Lúcio Lambranho)