A oposição decidiu montar um painel na Câmara para pressionar os partidos da base governista a indicarem seus representantes para a CPI mista da Petrobras. Das 16 vagas destinadas à Câmara, dez foram preenchidas até agora. O PT e o PSD, por exemplo, ainda não indicaram seus nomes. “Os partidos que não indicarem os nomes devem ser expostos publicamente porque estão numa tática de impedir a instalação da CPI”, disse o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), abriu ontem (7) o prazo de cinco sessões ordinárias da Câmara para que os partidos indiquem seus representantes na comissão que terá como objetivo apurar denúncias envolvendo a estatal, como a compra da refinaria de Pasadena e o pagamento de propina a funcionários.
A oposição questiona o prazo dado e acusa Renan de tentar protelar a investigação. “Essa decisão enfatiza mais uma vez a tática do governo que é embaralhar o jogo, administrar o tempo e impedir a instalação da CPI mista encarregada de apurar as os desvios e a corrupção envolvendo a Petrobras”, criticou Mendonça Filho.
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O líder do DEM reclama que a comissão foi criada no dia 15 de abril, mas até hoje não avançou. “Isso está ocorrendo por conta exatamente da tática de uma obstrução meio sorrateira adotada pelo governo para impedir que a CPI avance do ponto de vista de operacionalidade dos seus trabalhos”, afirmou.
Além de manter a criação da CPI mista da Petrobras Renan leu o requerimento de criação de uma comissão parlamentar de inquérito, a ser composta por deputados e senadores, para investigar o cartel dos trens de São Paulo e no Distrito Federal. Para o líder oposicionista, a CPI do Metrô é “uma espécie de vingança” do governo, “uma regra de olho por olho, dente por dente”.
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