Os requerimentos foram votados para que a comissão possa ouvi-los ainda na semana que vem, em Curitiba (PR). A intenção é ouvir Dirceu na próxima segunda-feira.
Dirceu foi preso na manhã do último dia 3, na 17ª fase da Operação Lava Jato, denominada Pixuleco, em alusão ao termo utilizado pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto para o pagamento de propina. A suspeita do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) é que o ex-ministro recebeu dinheiro desviado de obras da Petrobras. Segundo os investigadores, ele foi beneficiado com um “mensalinho” de R$ 96 mil durante dez anos e recebeu R$ 819 mil das empresas investigadas pela Lava Jato enquanto cumpria a pena do mensalão.
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Pelas investigações, a propina seria intermediada inicialmente por Júlio Camargo, que representava várias empresas junto à Petrobras, e depois pelo empresário Milton Pascowitch, que acusou Dirceu de receber 1,5% do valor dos contratos da Hope (uma das companhias de Pascowitch) com a Petrobras.
Pascowitch disse ainda que outra empresa, a Personal, que fornecia mão-de-obra terceirizada para limpeza da Petrobras, pagava mensalmente entre R$ 500 mil e R$ 800 mil ao grupo de Dirceu. O delator também afirmou que uma obra da Petrobras teve sobrevalor só para que houvesse recursos suficientes para repassar a Dirceu.
Já Jorge Zelada foi o sucessor de Nestor Cerveró, também preso pela Operação Lava Jato, na Petrobras. Ele comandou a diretoria Internacional entre 2008 e 2012 e entrou na lista dos investigados pela Operação Lava Jato após ser citado em depoimentos de delações premiadas firmadas por outros suspeitos.
Em depoimento à Justiça Federal, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, que cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro, disse que Zelada era um dos beneficiários do esquema de corrupção.
O ex-gerente de Serviço da Petrobras Pedro Barusco afirmou que Zelada foi beneficiado à época em que era gerente geral de obras da Diretoria de Engenharia e Serviços. Todavia, Barusco não soube informar se Zelada continuou a receber vantagens indevidas no cargo de diretor da área Internacional.
Com informações da Agência Câmara
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