O presidente da CPI da Pedofilia, senador Magno Malta (PR-ES), afirmou, na manhã desta quinta-feira (26), que deve convocar o líder do PR na Câmara, deputado Luciano Castro (RR), para depor na comissão. Antes, no entanto, Malta pretende ouvir a testemunha que citou o nome do deputado em caso de pedofilia. Ainda não há data para as convocações. Em Roraima, a CPI quer ouvir 26 pessoas.
Segundo Malta, Luciano Castro encaminhou ofício à CPI com pedido de investigação para o caso. “Ele se colocou à disposição para depor na comissão e já esteve comigo, mostrando toda a documentação em sua defesa”, disse. “Eu lamento se houver envolvimento, mas, se houver, teremos que passar o cargo”, declarou.
O deputado teve seu nome citado por uma menor, de 13 anos, em depoimento prestado ao Conselho Tutelar de Boa Vista. A jovem afirma ter tido relações sexuais com o parlamentar mediante pagamento. O caso faz parte da Operação Arcanjo, deflagrada pela Polícia Federal no dia 6 de junho.
Na última sexta-feira (20), o Ministério Público de Roraima divulgou o nome do parlamentar. Por ter foro, privilegiado cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se abre investigações ou não sobre o caso.
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Em sua defesa, Luciano Castro afirma que há vários indícios de que a acusação foi armação política. O deputado mostra, por meio de documentos, que o depoimento da menor contradiz as declarações da cafetina que a teria levado ao local de encontro. A cafetina também afirma que a menor pode ter confundido o nome de Luciano Castro com o do ex-procurador geral de Roraima Luciano Queiroz, preso pela PF no início da Operação.
“Não há uma única evidência escrita, fotográfica, filmagem, telefone. Não há nada, nada de nada. O que mais me estranhou é que eles dizem que têm mais cinco envolvidos, mas só lembraram o meu nome. Não fizeram questão de demonstrar os outros nomes”, defendeu-se o líder do PR.
Comitiva a Roraima
Os casos de pedofilia em Roraima serão foco de investigações da CPI. Na semana passada, a comissão aprovou a ida de uma comitiva ao estado para averiguar as denúncias. A viagem está agendada para os dias 4, 5 e 6 de julho. A comissão quer ouvir 16 adultos e 10 crianças. (Renata Camargo)
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