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A CPI dos Correios aprovou ontem a convocação de Zilmar Fernandes, sócia do publicitário Duda Mendonça. Ela foi acusada pela diretora financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, de sacar R$ 15,5 milhões das contas do empresário Marcos Valério, apontado como operador do mensalão – esquema de pagamento de mesadas pelo PT a parlamentares da base aliada. A oposição tentou, sem sucesso, convocar Duda Mendonça a depor na CPI. “Se vier o Duda, terão de vir todos os publicitários de todas as campanhas”, reagiu a vice-líder do PT, Ideli Salvatti (SC). Em depoimento à Procuradoria Geral da República no último dia 2, Valério disse que Zilmar foi a responsável por autorizar o policial David Rodrigues Alves a sacar o dinheiro das contas do empresário no Banco Rural. David foi ouvido ontem pela CPI dos Correios. Ele teria sacado mais de R$ 4,9 milhões das contas de Valério. Leia também O policial confirmou os saques, mas contradisse Simone em duas ocasiões. Ele disse não conhecer Zilmar e que o dinheiro era repassado, na verdade, para Cristiano Paz, sócio da SMP&B. Contrariando a versão de Simone, David confirmou conhecer a gerente financeira, a quem teria entregado parte dos recursos sacados. Anteontem, em depoimento à CPI, ela negou conhecer o policial. Portugal Telecom A comissão aprovou outros 21 requerimentos. Um deles, do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), determina que o Ministério das Relações Exteriores e a Casa Civil peçam informações sobre o suposto encontro de Marcos Valério com dirigentes da Portugal Telecom, conforme denúncia do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) na terça-feira, durante o depoimento do ex-ministro da Casa Civil deputado José Dirceu (PT-SP). Em outro requerimento, a CPI solicitou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico da empresa Garanhuns Empreendimentos, Intermediações e Participações, supostamente usada por Marcos Valério para lavar e enviar dinheiro ao exterior. Os parlamentares também requereram informações ao Banrisul sobre as operações da empresa Export Trading nas Ilhas Cayman, para onde o empresário teria enviado recursos. Os parlamentares também pediram informações sobre os investimentos financeiros feitos por todos os fundos de pensão em operação no país. São eles: o da Petrobras, Banco do Brasil, Furnas, Correios, Funcep, Geap, Sistel, Centrus, Serpros, Portus, Eletros. |
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