A CPI dos Bingos aprovou a convocação do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que trabalhava na casa alugada entre 2003 e 2004 por ex-assessores do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o caseiro contradisse o ministro.
Nildo, como é mais conhecido, contou que a casa, alugada por Vladimir Poleto, ex-assessor da prefeitura, era usada para partilha de dinheiro. Segundo o caseiro, Palocci era freqüentador assíduo do local, onde todos o chamavam de “chefe”. De acordo com ele, também aparecia por lá o secretário particular do ministro, Ademirson Ariosvaldo da Silva.
A comissão ainda não decidiu se o depoimento do caseiro será fechado ou realizado por um grupo de senadores, mas ele deve ser ouvido nesta quinta-feira. Pelo relato, a mansão era palco de reuniões para organizar a distribuição de dinheiro por Brasília, além de festas animadas por garotas de programa, agenciadas, muitas vezes, por Jeany Mary Corner. Nildo disse ter visto malas e maços do dinheiro administrado por Poleto.
Por meio da assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda, Palocci reafirmou ontem que jamais freqüentou a mansão. O caseiro é a segunda testemunha a dizer que viu Palocci na casa. A primeira foi o motorista Francisco das Chagas Costa, que prestou serviços para assessores de Palocci em Ribeirão Preto.
Leia também
Deixe um comentário