A ministra Dilma Rousseff é a prioridade de pauta da CPI Mista dos Cartões Corporativos na próxima quarta-feira (26), quando requerimentos apresentados por parlamentares deverão ser votados pelo colegiado. A presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), tem a intenção de pôr, em primeiro lugar, o requerimento de convite para que a ministra fale sobre as despesas da Presidência da República com cartão corporativo e contas tipo B.
De acordo com a Agência Brasil, outros nomes que devem ter convocação votada por deputados e senadores são o do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, e os ex-ministros do Planejamento e da Casa Civil no governo Fernando Henrique Cardoso, Martus Tavares e Pedro Parente, respectivamente.
"Em termos de democracia é o que há de pior a Casa Civil da Presidência da República se prestar a fazer um dossiê do governo passado para justificar ações próprias", declarou a senadora tucana à Agência Brasil. Os ânimos entre oposição e governo estão exaltados depois da publicação de matéria da revista Veja desta semana sobre um suposto dossiê sobre gastos tucanos com cartão corporativo, que detalharia as movimentações financeiras de FHC, da ex-primeira-dama Ruth Cardoso e de ministros e assessores da Presidência à época – entre 1998 e 2002.
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Segundo a revista, a “operação” da Casa Civil teria mobilizado diversos funcionários para vasculhar gastos comprometedores do governo tucano, com o objetivo de chantagear a oposição nos trabalhos de investigação da CPI. Por meio de nota, a ministra Dilma Rousseff negou as acusações e disse que a reportagem da revista Veja manipula informações e é inconsistente.
Em entrevista concedida ontem (22) ao Congresso em Foco, o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, também negou as denúncias e disse que a disposição do governo é "esclarecer", e não afrontar. (Fábio Góis)
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