Pelo menos 57 parlamentares já estão oficialmente sob investigação no Superior Tribunal Federal (STF), acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias.
A Corte já encaminhou 15 desses inquéritos à CPI dos Sanguessugas, mas ainda não há sinal de quando chegarão os outros 42 – tudo por conta do sigilo imposto pelo Supremo sobre as investigações. A CPI dos Sanguessugas possui apenas uma lista, encaminhada pelo prórpio STF, com o nomes dos 42 parlamentares. Os processos são necessários para que a comissão aprofunde as investigações.
O relator da comissão, senador Amir Lando (PMDB-RO), reclamou hoje do segredo de Justiça decretado pelo STF e disse que se houvesse publicidade, os trabalhos poderiam terminar no tempo previsto.
Ele disse que ainda não é possível dizer se a comissão será estendida além dos dois meses fixados em acordo de líderes antes a instalação dela. Porém, disse que os dados recebidos até agora são complexos o bastante para exigir mais tempo.
O sigilo foi solicitado pelo Ministério Público para preservar investigados eventualmente não tenham envolvimento com a fraude. Nesta terça-feira, integrantes da comissão, entre eles o presidente, deputado Antonio Biscaia (PT-RJ), devem tentar nova investida no Supremo para barrar o sigilo. Eles vão se encontrar com o ministro Gilmar Mendes, relator do caso na Corte.
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