A advogada Ariane dos Anjos, que representava alguns membros do PCC, foi considerada ontem pelo 3º vice-presidente da CPI do Tráfico de Armas, deputado Neucimar Fraga (PL-ES), e pelo relator da comissão, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), uma integrante do alto escalão da facção.
Em um dos momentos da reunião, Ariane foi questionada se já tinha procurado saber de onde vinham os honorários pagos pelos integrantes do PCC. A advogada respondeu que nunca se preocupou com a possibilidade de eles serem ilícitos, pois os pagamentos eram feitos com depósitos bancários na conta corrente. Também destacou que nem no Estatuto do Advogado, nem a Ordem dos Advogados do Brasil obrigam o advogado a preocupar-se com a origem dos honorários.
Membros da comissão também afirmaram antes do encerramento da reunião que existem graves indícios contra Ariane e que ela continuará sendo investigada. Antes de sair, a advogada entregou à CPI um documento de 1400 páginas com a defesa dela.
Relatório
Pimenta disse ontem também que vai apresentar seu parecer em 45 dias. No texto, adiantou que fará várias sugestões para aperfeiçoar o combate ao crime organizado, além de 15 projetos de lei.
O deputado informou que o texto já está “praticamente pronto” e trará um diagnóstico do tráfico de armas e do crime organizado no país. Pimenta explicou que não houve a preocupação de sugerir um grande número de indiciamentos porque a maioria dos investigados pela CPI está presa.
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