Descobertos pela CPI dos Correios, dados do sigilo telefônico do deputado José Janene (PP-PR) indicam que ele trocou, no mínimo, 202 telefonemas com a SMP&B, empresa de Marcos Valério Fernandes de Souza, ou com funcionários da companhia. Além disso, a CPI também descobriu que, no biênio 2003/2004, Janene ligou 34 vezes para Delúbio Soares, então tesoureiro do PT.
A divulgação do material, feita hoje, complica mais ainda a situação política de Janene. Este levantamento é considerado pela CPI como mais um indício da participação de Janene no esquema do mensalão. O relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), já pediu a cassação de Janene depois da descoberta dos saques feitos por João Cláudio de Carvalho Genu, chefe de gabinete do deputado do PP, na conta de Marcos Valério no Banco Rural. Ao todo, Genu fez saques de R$ 4,1 milhões, entre 17 de setembro de 2003 e 5 de julho de 2004. A CPI suspeita que Janene, como líder do PP, supostamente receberia esse dinheiro para repassar a outros integrantes da bancada de seu partido para que votassem no Congresso conforme os interesses do Palácio do Planalto.
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