O relatório parcial da CPI dos Sanguessugas, aprovado ontem, apontou o envolvimento de quase 600 prefeituras de todo o Brasil na máfia dos Sanguessugas. De acordo com o documento, o esquema teria começado em 1998 por meio de acertos diretos com os prefeitos. Só depois dos acordos municipais darem certo é que os parlamentares foram inclusos na armação.
Segundo o relatório, com a evolução dos negócios ilícitos, houve até negociações no “mercado futuro de emendas”. Acordos ocorridos principalmente durante a campanha eleitoral de 2002. Os parlamentares aceitavam o adiantamento da propina em troca da promessa de, quando eleitos, apresentarem emendas para aquisição de ambulâncias.
O relator da comissão, senador Amir Lando (PMDB-RO), afirmou que foi possível verificar que o esquema fraudulento dos Vedoin, família dona da Planam, não se restringe somente à venda de ambulâncias. “Na verdade, há indícios de que o grupo atuou também em outros ministérios, assim como há evidências de que o início das atividades foi anterior ao ano de 2001”, disse.
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