Somente nesta terça-feira (31) a Polícia Federal foi incluída pelo presidente Jair Bolsonaro no Centro de Coordenação de Operações do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos do covid-19. Com atuação estratégica nas fronteiras e nos aeroportos, o efetivo da instituição poderá entrar ainda mais na linha de frente com o agravamento da pandemia no país.
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A doença já atingiu até integrantes da cúpula da própria Polícia Federal. O superintendente de São Paulo, Lindinalvo Alexandrino de Almeida Filho, na semana passada, foi diagnosticado e chegou a ser internado no Hospital Sírio-Libanês.
O policial fez 60 anos recentemente. Além dele, outros delegados de SP, do Distrito Federal e de outros estados foram contaminados.
Parasitas
Ainda ecoa entre os servidores públicos a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, que se referiu a eles como “parasitas”. Neste momento de crise econômica, a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) chama a atenção para que a conta não seja despejada apenas sobres as costas dos servidores.
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“Nós, delegados da Polícia Federal, e todos os servidores públicos estamos dispostos a dar nossa cota de contribuição diante desta crise. Mas antes é preciso ver a situação das grandes fortunas, dos bancos, das desonerações dos maiores devedores do INSS. Esses setores precisam ser chamados a contribuir agora. Pois nunca foram”, afirma o presidente da ADPF, delegado Edvandir Paiva.
Reforma da Previdência
Paiva lembra que servidores da PF já foram sacrificados na reforma previdenciária do ano passado. A partir de 1• de abril, passa a valer a nova alíquota. “Vamos passar a ganhar R$ 1,2 mil a menos. Entramos com nossa cota para a reforma. Não é justo demonizar os servidores”, reforça
Comitê
A partir de hoje, mais cinco órgãos passam a integrar o Comitê de Monitoramento dos Impactos da pandemia. A Polícia Federal, a Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e os ministérios do Turismo e do Meio Ambiente, e a Controladoria-Geral da União (CGU). O comitê é dirigido pelo ministro-chefe de Casa Civil, general Braga Neto.
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