Ao final da primeira reunião do ano, o Copom divulgou que “dando prosseguimento ao processo de ajuste da taxa básica de juros, iniciado na reunião de abril de 2013, decidiu por unanimidade elevar a Selic em 0,50 ponto percentual, para 10,50% ao ano, sem viés”.
A elevação da Selic era esperada pelos analistas financeiros, de acordo com o boletim Focus divulgado na última segunda-feira (13) pelo BC, uma vez que as atas das últimas reuniões do Copom sinalizaram a tendência de manutenção do processo de aperto monetário.
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Havia divergências, porém quanto à dosagem. Uns falavam em aumento de 0,5 ponto percentual, por causa do repique da inflação de dezembro, que chegou a 0,92%, enquanto outros defendiam 0,25 ponto percentual como sinalização de que a autoridade monetária está atenta às pressões inflacionárias.
Hoje, o colegiado de diretores do BC reafirmou a disposição de dar continuidade à elevação da taxa de juros para conter a demanda consumista no mercado doméstico e impedir o avanço da inflação, que fechou 2013 com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulando 5,91%. Acima, portanto, dos 5,84% do ano anterior.
A taxa básica de juros do Brasil já era a mais alta do mundo, e hoje aumentou mais um pouco, com impacto imediato na dívida pública. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cada ponto percentual de subida na Selic equivale a acréscimo aproximado de R$ 6 bilhões/ano na dívida.
A taxa Selic cresceu 3,25 pontos percentuais de abril de 2013 até hoje. Evoluiu de 7,25% para os atuais 10,50%, e as expectativas dos analistas financeiros apontam para mais aumentos, “embora todos saibam que juros altos reduzem o consumo, mas também inibe os investimentos privados, necessários para a recomposição do parque industrial e geração de mais empregos”, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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