Amigos (as), nos últimos dias me chamaram a atenção algumas notícias sobre temas que interessam diretamente a quem está se preparando para concursos públicos ou dedica seu tempo, sua experiência e seus conhecimentos ao trabalho nessa área, como é o meu caso.
A primeira reportagem foi publicada no jornal O Globo. Com o sugestivo título “Jovens na rua. No olho da rua”, a matéria relata que o desemprego subiu de 14,6% para 15,3% entre os jovens de 16 e 24 anos de idade, o que representa 32,1% no total das pessoas fora da força de trabalho. Segundo constatou o jornal, a taxa de desemprego nessa faixa etária subiu para patamar maior do que o dobro dos 6% registrados para todas as idades, conforme dados do IBGE.
Ao ler a matéria, vieram-me à lembrança alguns dados de que disponho, coletados em pesquisas conduzidas entre alunos de diversas instituições “concurseiras”. Segundo esses dados, grande parcela dos candidatos a concursos públicos – em torno de 30% deles – compõem exatamente o grupo a que se refere O Globo. Obviamente, um percentual igualmente expressivo, de 1/3 dos aprovados, também está nessa faixa etária.
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Segundo cartilha da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), no governo federal menos de 20 mil servidores públicos efetivos estão abaixo de 25 anos de idade e, segundo pesquisa da Escola de Governo do Distrito Federal (Egov), no Distrito Federal esse número é menos de 2.000. Uma explicação é que os jovens estão ficando mais tempo nas universidades buscando a especialização ou porque estão lançando menos editais com cargos que exijam apenas o nível médio dos seus ocupantes.
É por isso que vejo a notícia como a confirmação daquilo que já sei há muito tempo, tanto que sempre defendo em meus artigos: a melhor opção profissional para o jovem que deseja um futuro seguro e uma carreira promissora é um cargo público conquistado por meio de concurso. O concurso público seleciona os melhores, os mais capazes e – por que não dizer – os mais disciplinados, organizados e focados entre todos os candidatos às vagas oferecidas. Trata-se de opção natural, sobretudo diante do que concluiu a reportagem do jornal fluminense: os jovens são as principais vítimas “da demora na retomada da economia e do esfriamento do mercado de trabalho”.
Os motivos que levam a essa situação são os mais variados. Entre eles, posso mencionar a pouca – ou nenhuma – experiência profissional e a falta do diploma de curso superior, ainda que o jovem tenha em mente uma simples vaga de assistente administrativo. “Deficiências” desse tipo, que são determinantes para a conquista ou não de vaga no mercado privado de trabalho, não afetam quem opta pelo caminho do concurso público. Este não distingue entre os mais e os menos experientes. Democraticamente, todos concorrem em igualdade de condições. Sem contar que existem milhares de oportunidades para quem ainda não concluiu o curso universitário, já que praticamente todos os editais preveem vagas também para candidatos com formação de ensino médio.
Eis por que o caminho natural para os jovens é mesmo o concurso público. Para piorar a situação dos que ainda não perceberam isso, no mercado privado de trabalho, a taxa brasileira de desemprego chegou a 10,2% no último mês. Por outro lado, como eu sempre previ, o governo tende a absorver grande parte do contingente de desempregados, que chegam a impressionantes 18,5% em Salvador e a 17,6% no Recife.
A propósito, estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) demonstra que 17% dos jovens brasileiros nem estudam, nem trabalham, nem procuram emprego. São os chamados “NEM, NEM, NEM”. É algo preocupante, sem dúvida, porque esse percentual é extraordinariamente alto. Em contrapartida, aqueles que preferem entrar no mercado de trabalho oferecido pelos concursos públicos têm um leque de opções maravilhoso. As inúmeras oportunidades na esfera pública podem realizar os sonhos de qualquer um que busque garantir um emprego bem-remunerado para o resto da vida.
Remuneração inicial alta, não fazer discriminação de gênero, não exigir experiência (como já mencionamos) nem boa aparência, e estabilidade no serviço público. Esses são alguns dos principais motivos que vão levar mais de 12 milhões de brasileiros e brasileiras a mergulhar nos livros e apostilas em 2015. O objetivo final: passar e se classificar em um concurso público. Em todo o país, 215 mil vagas devem ser oferecidas neste ano, com carreiras cujos vencimentos iniciais chegam a R$ 26,5 mil. Para começo de vida profissional, nada mal! Agora imagine os dois, marido e mulher servidores, com esse rendimento dobrado; e em época de férias e 13º salários. Eita, trem bão!!!
Os cargos e empregos públicos são para quase todos os níveis de ensino e compreendem as esferas municipal, estadual, distrital e federal, nos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, além de empresas estatais, entidades autárquicas e fundacionais. O número alto de vagas para este ano deve-se , principalmente, a três fatores: em 2014 ocorreram as Eleições e a Copa do Mundo, o que diminuiu a quantidade de processos seletivos; o crescimento da população; e a aposentadoria de milhares de servidores públicos nos últimos meses.
Entre os concursos dos quais se espera uma grande concorrência estão o do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e o da Polícia Federal (PF), ambos de nível superior; e o do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Banco do Brasil, que oferecerão vagas para nível médio e superior. Claro que para chegar lá nunca é fácil, mas também não é impossível. Aliás, na vida temos de estar prontos para os desafios que surgirem, se quisermos nos tornar vencedores e não apenas mais um número na multidão. É como lamber mel de espinhos: haverá momentos bons e momentos ruins.
Eis, portanto, um caminho para os jovens que, no momento, estão à procura de emprego e poderiam acabar por se submeter, na iniciativa privada, a algo muito aquém do que conseguiriam como servidores do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário. Eles não precisam abrir mão de garantias, de benefícios e de direitos, desde que estejam dispostos e se dedicar ao projeto de ingressar no serviço público.
Por sinal, as vantagens oferecidas no serviço público costumam ser o principal fator de atração para as carreiras no governo, até de jovens recém-graduados e que ingressam nos quadros da administração pública antes mesmo de terem exercido a profissão para a qual estudaram na faculdade. E note que há vantagens nisso. Quando o servidor é jovem e inexperiente, a administração tem a chance de capacitá-lo e moldá-lo ao contexto específico do órgão ou da entidade onde o profissional prestará serviço. Ali, o jovem ganhará toda a experiência necessária para se tornar um bom analista, engenheiro, advogado, policial, técnico ou magistrado. No que tange aos interesses do jovem servidor, é importante lembrar que ele terá a oportunidade de desfrutar, por muitos anos, de uma situação confortável a tranquila, já que a expectativa de vida da população brasileira aumentou 5% somente na última década, chegando, hoje, a 74,9 anos, contra 71,3 anos em 2003.
Assim, querido leitor(a) e concurseiro (a), mais uma vez quero incentivá-lo (a) a se dedicar de corpo e alma à preparação para os próximos concursos públicos, elevando a meta da aprovação ao patamar de prioridade absoluta em sua vida. Sei que não é fácil. Mas tenha em mente, a propósito, as palavras do magnata da indústria automobilística Henry Ford: “Acredite no melhor… Tenha um objetivo para o melhor, nunca fique satisfeito com menos que o seu melhor, dê o seu melhor, e no longo prazo as coisas correrão pelo melhor.”
Lembre-se sempre dessa mensagem, que constitui um ensinamento precioso para qualquer concurseiro (a). Ela o ajudará a alcançar o emprego com que você sempre sonhou, em especial se você tiver entre 16 e 24 anos e estiver desempregado (a). Não conheço outra forma, a não ser o estudo profissional com rotina de operário. Para a conquista da vaga três fatores pesam: desejar muito, preparar-se adequadamente e fazer por merecer uma das vagas do certame dos sonhos.
Concurso público como solução é assinar a incompetência antecipada. Quando alguém busca estabilidade demonstra-se acovardado para a competição, o que já nega o adjetivo de “melhores”. Quem passa nos concursos públicos são jovens de classe média acima, que podem passar anos estudando só para isso e ainda se entupir de metilfelidado. Concursos não oferecem soluções para a população mas para o aparato estatal. Os profissionais da iniciativa privada são infinitamente superiores aos públicos. Prova incontestável é a eficiência com que os advogados particulares derrubam sentenças proferidas pelas promotorias, quando as forças financeiras são equiparadas e a produtividade privada se comparada à preguiça pública nem daria para comentar.
Se for para falar besteira muitas vezes é melhor ficar calado, ninguém é melhor do que ninguém, a iniciativa privada tem suas qualidades assim como a iniciativa pública também, vc fala isso, em competição mas não foi competitivo o bastante para passar em concurso público, geralmente quem fala isso são pessoas frustradas que queriam estar na iniciativa pública e por algum motivo não conseguiu assim como vc
Se não aceita pontos de vistas divergentes do seu é melhor exercitar seu monólogo diante do espelho e não em redes sociais livres e democráticas.
Quem procura o serviço público quer a estabilidade que a iniciativa privada não tem e um estado paternal para sustentá-lo eternamente. Você já viu servidor público desempregado? não. Você sabe quem paga salário do servidor público? a iniciativa privada que fica desempregada. Você sabe quantos servidores públicos tem o Brasil e já comparou com países com populações maiores? Certamente você gosta de entrar numa repartição pública com dezenas de funcionários e mesmo assim ser mal atendido, porque eles são estáveis e não precisam produzir em troca do salário, basta colocar mais um servidor, e mais outro e mais outro…
Vamos George Monteiro, crie coragem e faça sua argumentação para rebater o último comentário do Hilton Fraboni. Quer mais, basta ou chega?. Concordo com ele por completo!.
Falou tudo Hilton, sem contar que se um “concursado que chamam de melhores ganha R$ 2.000,00 logo aparece num passe de mágica um “cargo comissionado” ganhando o dobro do concursado, são os puxa sacos políticos ou cabos eleitorais nas campanhas ou veio do legislativo como moeda de troca para compor a tal MAIORIA na câmara, na assembléia ou na câmara federal ou no senado. País de políticos patifes e de maioria de eleitores mais patifes ainda por “elegerem” e ainda “reelegerem” essas RAPOSAS.
Tem perssoas que vivem a vida inteira fazendo coursinhos e mais cursinhos para se candidatar a um emprego publico e quando lá estão encostam o corpo e nada fazem. Uma aposentadoria em vida. E tome bienios, quinquenios, licença prêmio, 14º salario, acumulo de função e outros bichos. Tem que acabar com isso. Lá existe uma burocracia fenomenal e ninguém corre atrás pois não tem patrão para botá-lo na rua na falta de aplicação ao cargo !!!!!!!
Ocorre, prezado amigo.. que existe sim pessoas qualificadas fazendo concursos público, porém, também há maracutáia em diversos concursos…
O que eu defendo é que os nossos jovens almejem um carreira produtiva e de crescimento, assumindo os riscos de viver e não se acovardem sob a sombra de governos paternais porém corruptos. Já fiquei dois anos desempregado e recusei a sombra do estado para não perder a minha independência.
Você acha correto um servidor sem metas receber um salário de R$22 mil e outro na iniciativa privada, sob a pressão da concorrência receber a metade e ainda ter de pagar o marajá que não quer servi-lo,porque já defende os tatus quo do governo patrão?
Você acha justo num posto de saúde com dez médico, serem dadas 50 números ena iniciativa privada o mesmo médico atender 10 pacientes cada…?
Sou a favor de um estado enxuto e voltado para o essencial da gestão pública.