O parlamentar constituinte Siqueira Campos (DEM-TO), de 90 anos, vai voltar ao Congresso Nacional nesta terça-feira (16). É que ele é o primeiro suplente do senador Eduardo Gomes (MDB-TO), que nesta segunda (15) anunciou o licenciamento da Casa para poder assumir o cargo de secretário de governo do estado de Tocantins.
“Teremos a oportunidade de ver aqui neste plenário o Siqueira Campos e, muito mais do que um cargo eletivo, ter o prazer de dizer ao Brasil inteiro que, pela primeira vez, e talvez única da história, nós teremos a possibilidade de ver um brasileiro, constituinte, que cria um estado, voltar ao Congresso Nacional, 30 anos depois, para contar a sua saga, dizer o que foi, o que precisa ser feito, mas, principalmente, dizer que é preciso acreditar na atividade política”, anunciou Eduardo Gomes na tribuna do Senado, lembrando que, além de ter participado da elaboração da Constituição Federal de 1988, Siqueira Campos contribuiu com a criação do estado de Tocantins.
“Num clima de muita alegria, tenho certeza de que, nesse período em que ficarei à frente da secretaria, terei orgulho de ver aqui aquele que deu posse a mais de 72 Deputados Federais nesses 31 anos, a 11 Senadores da República”, acrescentou Gomes, que apresentou o licenciamento logo depois de aceitar o convite para ser secretário do governador Mauro Carlesse (DEM-TO).
Posse
Siqueira Campos se emocionou ao ser empossado nesta terça-feira (6) e admitiu que achava ter encerrado a sua carreira política. No primeiro discurso na tribuna do Senado, ele ainda aproveitou para defender a criação de novos estados no Brasil, como fez na época em que o Tocantins foi criado.
“O Brasil precisa criar mais Estados. Tem 27 e precisa criar mais 20 no mínimo – no mínimo! Temos um território imenso. Imaginem que, no Pará, há uma cidade cuja jurisdição é maior que a do Estado do Tocantins praticamente: Altamira”, declarou, dizendo que o ideal seria que o país tivesse 50 estados. “Imagine um estado com 1,2 milhão de habitantes? Isso não é possível”, justificou o senador.
Como político vive? PQP como essas pragas demoram a morrer.