O Conselho de Ética suspendeu, nesta segunda-feira, o processo por quebra de decoro aberto, a pedido do PT, contra o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS). A informação foi confirmada pelo presidente da comissão, Ricardo Izar (PTB-SP). De acordo com reportagem da revista Veja desta semana, a representação encaminhada pelos petistas foi fraudada. A assinatura do então presidente da legenda, Tarso Genro, teria sido falsificada.
“O acusador pode virar o acusado. Estou notificando o PT hoje para se pronunciar a respeito da denúncia. O caso vai para a Mesa da Câmara e vai determinar a perícia da assinatura. Se for falsa, o processo contra Lorenzoni acaba. Se for verdadeira, o processo contra o deputado gaúcho continua, sem prejuízo de prazo”, disse Izar.
O petebista explicou que, caso fique provado que a assinatura de Tarso foi falsificada por algum parlamentar, o Conselho pode instalar um processo por quebra de decoro. “Neste caso, a própria Mesa Diretora da Câmara ou um partido político pode fazer uma representação contra o fraudador. Se a assinatura foi falsificada por um funcionário do PT, a questão deverá ser decidida em outra instância e não no Conselho”, explicou Izar.
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O parlamentar afirmou que, mesmo com a suspensão do processo, a cúpula do PT pode encaminhar uma outra representação contra Lorenzoni. Porém, alertou que, dessa forma, “o PT vai comprovar que a assinatura era falsa”.
Os petistas pediram a abertura de processo depois que o deputado gaúcho divulgou, na CPI dos Correios, um levantamento sobre as declarações de renda do deputado José Dirceu (PT-SP). Lorenzoni afirmou que o petista não havia declarado um empréstimo feito junto ao partido quando ele ainda era presidente da legenda, em 2001.
Horas depois, o partido divulgou nota explicando que o empréstimo, na verdade, era um adiantamento de salário, que foi descontado, em seis parcelas, nos outros vencimentos de Dirceu.
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