Terminou há poucos minutos o depoimento do deputado José Mentor (PT-SP) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Ao final do depoimento, o relator do processo, deputado Edmar Moreira (PFL-MG), avisou que vai encerrar a fase de investigação na próxima quinta-feira (9), e que deve ler seu parecer no dia 14, uma terça-feira.
Em seu depoimento, o deputado do PT voltou a afirmar que os R$ 120 mil recebidos do advogado Rogério Tolentino, sócio do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza na empresa 2S Participações, foram recebidos como pessoa jurídica. Mentor explicou que recebeu a quantia por causa de três pareceres jurídicos elaborados por seu escritório de advocacia. Segundo o deputado, a prova de que não foram para benefício próprio é a existência de notas fiscais e comprovantes de recolhimento de impostos.
CPI do Banestado
Durante seu depoimento, Mentor reclamou do excesso de perguntas sobre quando era relator da CPI do Banestado. Ele ressaltou que não está sendo acusado por nada relacionado àquela relatoria, mas pelo dinheiro recebido de Tolentino.
O relator, deputado Edmar Moreira (PL-MG), avisou que vai desconsiderar qualquer resposta de Mentor relativa à CPI do Banestado, uma vez que não é esse o objeto da representação contra ele. Mas advertiu que levará em conta o fato específico de que o deputado recebeu os R$ 120 mil enquanto estava à frente da relatoria da CPI.
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