A pedido da senadora e presidente do PSOL, Heloísa Helena (AL), o Conselho de Ética do Senado vai investigar o senador e correligionário Geraldo Mesquita (AC) por suspeita de cobrança de mensalinho a funcionários lotados em seu gabinete e escritório político no Acre. Reportagem do Jornal do Brasil de hoje revela que Mesquita Júnior cobraria 40% do salário de cada funcionário dele, o que, em tese, lhe renderia R$ 148 mil.
A matéria traz gravações entre pessoas contratadas por Mesquita Júnior que confessam repassar parte do salário ao senador acreano. Na reportagem, o próprio parlamentar admite que ficava com os recursos. Segundo ele, trata-se de uma “solidariedade militante”.
“O senador insiste em dizer que é inocente e que há uma campanha contra ele patrocinada pelo PT”, afirmou Heloísa Helena, companheira de partido de Mesquita Júnior. “O pessoal não aceita estar na pocilga do PT e de outras gangues partidárias. Se o Conselho de Ética entender que ele é responsável por qualquer corrupção, ele não fica no PSOL, ele sabe disso”, reiterou.
Da tribuna do Senado, Heloísa Helena argumentou que é amplamente conhecida a prática de militantes doarem contribuição aos partidos. No caso do PSOL, a presidente do partido disse, entretanto, que a questão ainda não foi regulamentada, pois a agremiação funciona ainda com estatuto provisório.
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No entanto, fez questão de salientar que a medida não tem nada a ver com corrupção e adiantou que Mesquita vai esclarecer os fatos junto ao conselho.
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