Na avaliação do órgão, a trajetória e a postura do deputado em relação à população negra e aos homossexuais se mostram “preconceituosas e excludentes”. “Considerando os avanços do Brasil no campo dos Direitos Humanos, o CNPIR entende como inaceitável a permanência do deputado Marcos Feliciano na Presidência da Comissão dos Direitos Humanos, visto que afronta os princípios de liberdade, respeito e dignidade da pessoa humana, que devem ser assegurados independentemente do pertencimento racial e da orientação sexual”, afirma a nota.
Ontem, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) voltou a pedir a saída de Feliciano do cargo. Para o conselho, formado pelas igrejas Católica Apostólica Romana, Episcopal Anglicana do Brasil, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Siriana Ortodoxa de Antioquia e Presbiteriana Unida, o deputado não tem legitimidade para ocupar o cargo, paralisa os trabalhos da comissão e censura manifestantes ao determinar a realização de reuniões fechadas para fugir de protestos. O Conic já havia se manifestado pelo afastamento de Feliciano um mês atrás.
O CNPIR é composto por 22 órgãos federais, 19 entidades da sociedade civil, escolhidas através de edital público, e por três notáveis indicados pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência.
Em outra moção de repúdio publicada hoje no Diário Oficial da União, o CNPIR reprova o trote realizado por alunos do curso de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em maio deste ano.
A íntegra da nota do CNPIR contra Marco Feliciano
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Conselho de igrejas volta a pedir a saída de Feliciano
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