Após a rejeição do relatório, o colegiado decidiu arquivar o processo de abertura de investigações contra o deputado. O pedido de arquivamento foi formulado pelo deputado Fernando Ferro (PT-PE), em razão, segundo ele, da falta de provas materiais que comprovem as denúncias.
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O requerimento para averiguar a suposta quebra de decoro parlamentar foi proposto pelo Psol. Na justificativa, a legenda menciona a divulgação pela mídia de conversas telefônicas, em julho, que apontam possível recebimento de vantagens indevidas por Bethlem, enquanto ele estava licenciado do cargo na Câmara e ocupava a secretaria no Rio de Janeiro.
Bethlem afirmou que os danos a sua honra e imagem são irrecuperáveis como consequência das denúncias feitas pelas revistas Veja e Época. “Nos últimos cinco anos, fui secretário de várias pastas importantes no governo do Rio de Janeiro; sendo assim, eu não gostaria de terminar o meu mandato como deputado com uma espada dessa na minha cabeça.”
O deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), que apresentou voto em separado, manteve sua defesa à rejeição do relatório. Segundo ele, o conselho deveria aguardar decisão da Justiça sobre a culpabilidade de Bethlem, em vez de dar continuidade a um processo baseado em denúncias publicadas na mídia e motivadas por conflitos de foro íntimo entre Bethlem e a ex-mulher.
Investigações
Freire decidiu manter conteúdo do relatório inicial em que defende a abertura de investigações contra Bethlem no conselho. Na última reunião, o relator retirou seu parecer de votação, com o objetivo de aprimorar o texto, o que impossibilitou a deliberação.
“Bethlem apresentou a defesa das acusações, ainda assim as denúncias devem ser investigadas. Ele disse que tem um laudo técnico sobre a gravação; nós, de outro lado, temos um laudo dizendo que a gravação é autentica, que não existe corte. Portanto, é necessário abrir investigação para saber qual é o laudo verdadeiro”, sustentou Freire.
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