O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, está sendo recebido neste momento pelo Congresso Nacional, onde participa de sessão solene no Plenário do Senado. É a primeira visita de Kirchner ao país na condição de chefe de Estado. “É um forte indício de aproximação entre os dois países”, observou hoje pela manhã o senador Roberto Saturnino (PT-RJ), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
Saturnino lembrou que o relacionamento entre os dois Estados atravessou momentos difíceis quando o Brasil não ofereceu ao país vizinho o apoio esperado ao processo de renegociação da dívida platina. “Se quer desenvolver o Mercosul, o governo brasileiro tem de ser mais generoso com a Argentina”, reforçou o senador do PT.
No ano passado, o governo brasileiro enfrentou críticas de empresários argentinos – do ramo de geladeiras e autopeças, por exemplo – que se queixaram de uma invasão dos produtos brasileiros, e pediram ao governo local regras de proteção do mercado interno. Para diminuir os desentendimentos, ambos os governos trabalham sobre a elaboração da Cláusula de Adaptação Competitiva, um mecanismo de salvaguardas em negociação no âmbito do Mercosul.
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