O Congresso Nacional acaba de entregar o diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz a cinco brasileiras que se destacaram na defesa dos direitos da mulher. As homenageadas desta edição foram: Beatriz Moreira Costa, Sueli Batista dos Santos, Ivana Farina Navarrete Pena, Maria Yvone Loureiro Ribeiro e Moema Libera Viezzer. A homenagem, que antecede o Dia Internacional da Mulher, foi criada em 1998.
Maria Beatriz, a mãe Beata, é sacerdotisa suprema Ialorixá Iorubá e se destacou na luta contra o racismo. A jornalista e professora Sueli dos Santos fundou o primeiro jornal feminino do Mato Grosso. A promotora de Justiça de Goiás Ivana Farina foi homenageada por sua luta em defesa dos direitos humanos. Maria Yvone fundou a Sociedade Alagoana de Defesa dos Direitos Humanos. Moema Libera é pesquisadora e criadora da Rede Mulher na Educação.
Na cerimônia de premiação, a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), presidente da sessão e coordenadora da bancada feminina no Congresso, frisou que o Dia da Mulher não é apenas uma data de comemoração, mas uma “convocação à consciência universal acerca da necessidade de se estabelecer uma sociedade que não aceite qualquer espécie de discriminação”.
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“Essas cinco mulheres representam todas as mulheres do país”, disse. Participaram da cerimônia a presidente Psol, a ex-senadora Heloísa Helena (AL), o deputado Clodovil Hernandes (PTC-SP) e a mulher do vice-presidente José Alencar, Mariza Gomes.
Na Câmara
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), presidente da Câmara, afirmou que a Casa tem compromisso com a emancipação feminina. "Reafirmamos o engajamento da Câmara para colocar o Brasil na vanguarda da luta internacional pelos direitos da mulher", disse o presidente, na abertura de sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrado amanhã.
Chinaglia ressaltou que a desigualdade entre homens e mulheres no Brasil é agravada pelo contexto das desigualdades sociais. "Considerando que o preconceito anula as possibilidades de emancipação da mulher, constatamos a existência de um círculo perverso, que condena a mulher brasileira pobre ao processo de exclusão social", disse.
A proposta de realização da sessão partiu das deputadas Rita Camata (PMDB-ES), Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e Luiza Erundina (PSB-SP). "Precisamos conquistar espaço de poder nos partidos, nas instituições políticas, na sociedade, nas mesas diretoras da Câmara e do Senado", disse Erundina.
Ela também defendeu a importância de assegurar espaço para a mulher na reforma política, explica a Agência Câmara. "Queremos igualdade de direitos, principalmente igualdade de espaço político, para que nossa cidadania política seja assegurada e respeitada", disse. (Carol Ferrare e Rodolfo Torres)
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