"Em primeiro lugar, quero louvar este momento que vive o Parlamento brasileiro. É um momento de júbilo, porque, com a presença de 3 importantes Ministros, estamos debatendo uma pauta que não é do Governo, nem da Oposição; não é do PT, nem do PFL. Essa pauta do crescimento econômico é da sociedade brasileira. Está sendo debatida por todos nós, do motorista de táxi, no Rio Grande do Sul à balconista de uma loja do Ceará.
O professor está debatendo essa pauta com seus alunos na sala de aula; e a dona de casa está conversando sobre essa pauta, na expectativa de que gere emprego para seu filho desempregado. Não se trata de dizer se um plano é pouco ou muito ousado. Trata-se de reconhecer que é o plano possível. Estamos fazendo um chamado a todos, para se incorporar, contribuir, colaborar, sugerir, aperfeiçoar, mas, acima de tudo, não negar o País de viver este momento.
Nesta Legislatura há muitos Parlamentares jovens, que, em sua juventude, participaram do movimento estudantil, nas praças e ruas, dizendo que estavam diante de um década perdida, aspecto que também esteve contido no discurso de muitos políticos com mais idade que aqui estão.
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Estamos para decidir se vamos jogar a oportunidade que temos fora, ou se vamos aproveitar o momento para fazer com que este País possa ter um crescimento que vá ao encontro de nossas expectativas. O principal de tudo isso é reconhecer que o momento só está sendo possível porque o primeiro Governo do Presidente Lula criou as condições necessárias: inflação controlada, menor vulnerabilidade, menor índice histórico do Risco País, superávit que tem criado condições econômicas para o Governo voltar a
investir.
Nós estamos aqui, enquanto Governo, de forma humilde, conclamando a todos para se incorporarem nesse processo. Mas, esse processo também marca um diferencial que é preciso ser reconhecido, o de que foi superada uma fase em que acreditavam
muitos que o mercado, por si, seria capaz de pôr o País no ritmo do crescimento, da justiça social e da geração de emprego.
Hoje, estamos diante da nova lógica e da nova crença de que para o Brasil voltar a crescer, a gerar emprego, a incluir, o Governo precisa voltar a planejar, a curto, médio e longo prazo, investimentos principalmente em infra-estrutura, estrada, rodovia, portos, energia, para criar as condições reais perceptíveis e palpáveis de crescimento econômico.
Entretanto, nós não queremos nesse novo momento só crescer por crescer, mas sim com justiça social. E ao verificar um plano dessa dimensão, que incorpora um projeto como Luz para Todos para trazer para nossa realidade, nosso século, nosso momento, milhares de brasileiros irmãos nossos, a fim de terem a oportunidade de usufruir da energia elétrica, de um aparelho eletroeletrônico.
E a questão social, que não se expressa apenas nessa política, mas também nos investimentos que buscamos ampliar, principalmente para as áreas urbanas, na área de saneamento, expressa uma preocupação social de alta relevância.
Por isso, senhoras. e senhores, nós queremos crer que este momento, um momento de debate aberto, democrático, franco e transparente, é um momento que enaltece cada um de nós e o Parlamento brasileiro, porque nós estamos criando a condição,
não do vencido e nem do vencedor, mas acima de tudo de fazer com que o País seja o grande vencedor. Porque o País não pode ficar esperando infinitamente chegar o momento de nós, com a nossa contribuição, com a nossa coragem e com a nossa determinação, sermos chamados para sermos protagonistas deste momento.
Então, superado o momento em que o mercado por si nos levaria a este caminho, nós estamos acima de tudo no chamado cívico. Este é o momento em que nós temos que prestar contas, não ao Governo e nem aos nossos partidos, mas à sociedade
brasileira, para dizer a ela se queremos ou não colocar o Brasil na rota daquilo de que cada um de nós está a depender.
No geral, todos nós aqui temos até uma certa concordância com relação ao objetivo maior, que é preciso levar o País ao crescimento.
Podemos ter divergências em relação ao caminho, podemos ter divergências como atingi-lo, mas o importante é que já temos o processo de unidade. Quanto à divergência dos caminhos a atingir, só num debate aberto, democrático e transparente como este podemos superá-la. Na superação, poderemos levar o Brasil a se encontrar e encontrar seu momento histórico de geração de emprego, de crescimento econômico e de justiça social.
Este é o grande momento, este é o grande chamado. Com o coração cívico de cada um, acredito que os representantes brasileiros não
fugirão deste momento, momento em que nós, acima de tudo, escreveremos uma nova história na recente história política do nosso país".
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