Um documento obtido pelo jornal Folha de S.Paulo e divulgado na edição de hoje do periódico comprova que Marcelo Sereno, ex-secretário de Comunicação do PT e ex-assessor do deputado José Dirceu (PT-SP) na Casa Civil, exercia influência na Nucleos, fundação de previdência dos empregados das estatais de energia nuclear. Sereno é acusado de manipular o fundo para desviar dinheiro para o PT – fato que o ex-secretário de Comunicação nega.
Mas um bilhete anotado por uma das secretárias da Nucleos comprova que era grande a ingerência de Marcelo Sereno na fundação. O ex-secretário de Comunicação do PT pediu para que Gildásio Amado Filho, então diretor financeiro da Nucleos, telefonasse para Fernando de Barros Teixeira, representante da empresa ASM Asset Management. “Gildásio, ligar para o senhor Fernando de Barros Teixeira, da ASM, a pedido de M. Sereno”, escreveu a secretária.
O então presidente da Nucleos, Paulo Figueiredo, confirmou ao jornal a história contida no bilhete. “Figueiredo acrescentou que, dias após a ligação de Sereno, Fernando de Barros Teixeira foi recebido em reunião na sede da Nucleos, no Centro do Rio, da qual participaram ele próprio e Gildásio. Na ocasião, o representante da ASM ofereceu à fundação investimentos no fundo de direitos creditórios cujo prospecto Gildásio havia recebido”, afirma a reportagem. Porém, ao ser inquirido pelo jornal, Gildásio Amado Filho negou que tivesse recebido pedido do ex-secretário de Comunicação do PT Marcelo Sereno. “Não é verdade, Marcelo Sereno nunca me fez pedido, eu não conheço essa figura para dar telefonema dessa forma”, respondeu.
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