O advogado Roberto Teixeira aproveitou a vinda para Brasília para negar que tivesse recebido US$ 5 milhões em honorários no processo de venda da VarigLog. A ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, acusou Teixeira de pressionar a agência para aprovar o negócio. O escritório do compadre de Lula representou o fundo de pensão americano que adquiriu a Varig e a VarigLog. O empresário Marco Antonio Audi, um dos sócios brasileiros do fundo estrangeiro, afirmou que pagou US$ 5 milhões para que Teixeira resolvesse os problemas relacionados à aquisição.
“Eu quero deixar claro, eu não recebi o valor que ele afirma. Ele não terá como fazer prova”, respondeu o advogado para os jornalistas. Em entrevista à imprensa, Audi disse ter os comprovantes de pagamento.
O compadre de Lula negou qualquer interferência da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, no processo. “Jamais comigo, ou por interferência minha, ela teve qualquer contato. Nós não somos amigos. É apenas formal”, explicou Teixeira.
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Ele disse que sua presença no Palácio do Planalto, ao lado do presidente Lula, quando foi anunciada a venda da Varig para a Gol, nada teve de ilegal ou antiético. “Não fui eu quem marcou a audiência com o Lula, foi o Constantino Júnior [presidente da Gol]. Nós fomos convidados. O presidente Lula tem mais é que cuidar do Brasil. É no âmbito do Judiciário que se responde a esta questão”, declarou.
O depoimento de Teixeira foi adiado porque os sócios brasileiros do fundo Matlin Patterson não iriam depor hoje. A oposição quer esperar os depoimentos dos sócios na 17ª Vara Cível de São Paulo para então interrogar o advogado. (Tatiana Damasceno)
Atualizada às 11h50
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