Segundo boletim eletrônico enviado à imprensa agora à tarde pelo comitê de campanha de Lula, "o candidato do PSDB-PFL, Geraldo Alckmin, mentiu no debate da TV Bandeirantes" ao afirmar que o governo federal consumiu neste ano R$ 700 milhões para pagar os custos do presidente com passagens aéreas e diárias.
"A verdade é que esses gastos foram de apenas RS$ 33,891 milhões até 30 de setembro último", diz o boletim. "Em 2005, o gasto total foi de R$ 35,9 milhões. E isso abrange os gastos empenhados na rubrica orçamentária da Presidência da República, que inclui a Secretaria de Direitos Humanos, a Secretaria Especial de Eqüicultura e Pesca, Secretaria de Políticas para as Mulheres, Secretaria Especial de Promoção de Políticas para igualdade Racial, mais a Advocacia Geral da União".
De acordo com a assessoria da campanha à reeleição de Lula, como governador de São Paulo, Alckmin gastou R$ 130 milhões, cerca de R$ 32,5 milhões por ano, entre 2001 e 2005. "Ou seja, quase o mesmo que a Presidência da República, que tem uma estrutura, território e responsabilidades muito maiores do que os do governo do Estado de São Paulo", enfatiza o boletim.
Conforme o texto distribuído pelo comitê, os gastos com passagens e diárias no governo Lula neste ano somam, em média, R$ 94,3 milhões por mês. "No último ano de Fernando Henrique Cardoso, esse mesmo tipo de despesa foi de R$ 95,5 milhões ao mês, em valores corrigidos pelo IPCA", compara a assessoria.
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O boletim cita ainda estudos da ONG Contas Abertas segundo os quais, de 1995 a 1998, "a União desembolsou R$ 5,7 bilhões, em valores corrigidos (IGP-DI/FGV), com diárias e passagens. Nos quatro anos seguintes, foram R$ 5,5 bilhões. Já no governo petista, até outubro de 2006, foram R$ 4,5 bilhões. Mesmo com o ano não terminado, é quase impossível que o governo Lula ultrapasse o de FHC, já que os valores gastos no decorrer do seu mandato foram, em sua maioria, menores que os do tucano".
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