A classificação adotada pelo Ipea leva em conta os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), baseados em uma estimativa do valor de uma cesta de alimentos com o mínimo de calorias necessárias para suprir adequadamente uma pessoa; e também os parâmetros do Programa Brasil sem Miséria, que estabelece em R$ 77 per capita por mês a linha de extrema pobreza.
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Para o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), que pediu o debate, os números causam espanto. “É chocante, tendo em vista que o atual governo se vangloria da queda da desigualdade no Brasil. Esse foi, inclusive, um dos motes da campanha pela reeleição da presidente Dilma. Ao que tudo indica, o pífio crescimento econômico e a alta inflação afetaram o combate à miséria”, diz.
O parlamentar acentua ainda que outra questão relevante diz respeito ao momento da divulgação dos dados relacionados ao número de miseráveis. “Optou-se por publicar números tão ruins poucos dias após o segundo turno das eleições presidenciais. O atraso na divulgação seria uma opção do próprio Ipea, tendo motivado Herton Araújo a entregar o cargo de diretor de Estudos e Políticas Sociais.”
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