Mário Coelho

A Comissão de Ética do Partido da República (PR) abriu nesta quinta-feira (10) processo disciplinar contra o deputado Sandro Mabel (PR-GO). O relator do processo recomendou que o parlamentar seja suspenso preventivamente das atividades partidárias enquanto o caso estiver aberto. Depois de ouvir o deputado e formar um relatório, o Conselho vai decidir sobre a culpa e a pena que ele deve receber. 

Caso o Conselho de Ética decida que Mabel infrigiu as regras do partido, ele receber como pena desde uma advertência reservada até ser expulso. Por enquanto, se for aceita a recomendação do órgão, ele não pode representar o PR em comissões, reuniões partidárias e voltar à liderança na Câmara.
 
Candidato avulso à presidência da Câmara, na semana passada, o deputado é acusado pela cúpula partidária de desobedecer declaradamente a orientação do partido de apoiar a candidatura de Marco Maia (PT-RS). Mabel recebeu 106 votos, contra 375 do petista, vitorioso na disputa. O relator do caso é Marilo Costa (PR-PB).

De acordo com nota distribuída hoje pelo partido, a Comissão de Ética também recomendou que o comando do PR em Goiás seja dissolvido. Mabel comanda o diretório do PR em Goiás. “Trata-se de uma medida que preserva a isenção do processo”, disse o presidente da Comissão de Ética do PR, Sergio Tamer, na nota.

À Agência Câmara, Mabel garantiu que vai se defender até o final do processo e ressaltou que a disputa pela presidência foi legítima. “O Regimento Interno da Câmara dá, aos deputados, o direito de disputar essas eleições. Eu não estava atrás de cargos, pois o meu objetivo era melhorar a democracia e o Legislativo”, disse o deputado. “Não há motivo para um partido impedir um dos seus membros de disputar uma eleição, a não ser que ele tenha algum outro interesse que eu desconheça”, acrescentou.