Mário Coelho
A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou há pouco a indicação de Wilson Roberto Trezza para o cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Trezza, que estava na posição interinamente desde a saída do delegado federal Paulo Lacerda, em setembro do ano passado, teve 14 votos favoráveis e um contra. Agora seu nome será submetido ao plenário da Casa.
Na abertura da sabatina, Trezza defendeu a aprovação de uma mudança na Constituição para que o texto constitucional passe a incluir as ações de inteligência como uma atividade típica de Estado. Ele anunciou também o envio ao Congresso Nacional, em breve, de um projeto de lei que estabelecerá a política nacional de inteligência.
O diretor indicado recordou que a Abin passou por sua “maior prova” no segundo semestre de 2008, período que coincidiu com a divulgação da Operação Satiagraha, deflagrada pela Polícia Federal para o combate a desvios de verbas públicas. “A agência foi alvo de críticas, de uma campanha intensa na imprensa, e esteve no meio de uma crise institucional. Tivemos que responder a duas comissões parlamentares de inquérito e enfrentamos a situação altamente constrangedora de passar por duas atividades de busca e apreensão”, afirmou.
A mensagem presidencial contou com parecer favorável do relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). A votação, inicialmente prevista para a semana passada, acabou sendo adiada pelo presidente da comissão, senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), após a apresentação de um pedido de vistas do senador Heráclito Fortes (DEM-PI).
Leia também:
Diretor da Abin reclama do orçamento da inteligência brasileira
Deixe um comentário