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O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores, apresentou uma proposta para definir com mais precisão a competência do Congresso em matéria comercial internacional. Pela proposta do senador, o Senado dará poder mandatário para o Executivo nas negociações multilaterais, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos. O governo, porém, terá de seguir as diretrizes traçadas pelos parlamentares, que terão direito a acessar o conteúdo dos acordos, as linhas de ação e os cronogramas previstos. Os parlamentares também querem aumentar o controle sobre os interlocutores brasileiros nesse tipo de negociação. Outras três proposições em tramitação na Câmara e no Senado pretendem submeter a indicação dos representantes do país nos organismos financeiros internacionais à aprovação prévia dos senadores, a exemplo do que ocorre com os embaixadores. Leia também As tratativas feitas com o Fundo Monetário Internacional não são classificadas como acordos internacionais. O FMI não é uma instituição financeira tradicional, mas uma cooperativa de crédito formada pelos países-membros, que, na verdade, são sócios. A negociação gira em torno de uma carta de intenções, sem valor jurídico internacional, pela qual o governo se compromete a fazer determinados ajustes na economia em troca do desembolso. Essas minúcias dificultam qualquer tentativa dos Legislativos de participarem das discussões. O país que mais se aproxima do modelo reivindicado pelos parlamentares que endossam o abaixo-assinado é os Estados Unidos. |
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