O deputado Alceu Collares (PDT-RS) acaba de subir à tribuna para argüir uma questão de ordem quanto à legitimidade do presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), de conduzir a sessão de votação do requerimento de cassação do mandato do ex-ministro e deputado José Dirceu (PT-SP). Collares lembrou que Aldo foi testemunha no processo disciplinar contra Dirceu e, por ter defendido o ex-ministro, não poderia ter uma conduta isenta na condução dos trabalhos.
Alceu Collares citou dispositivos do Regimento Interno da Câmara, como o artigo 180, no sexto parágrafo, segundo o qual, tratando-se de causa própria ou de assunto no qual tenha interesse individual, o deputado deverá dar-se por impedido e comunicar o ato à Mesa Diretora, sendo que sua presença será computada apenas para efeito de quorum.
Em resposta, visivelmente irritado, Aldo Rebelo disse que sua atitude é permitida pelo código interno do Conselho de Ética, bem como pela legislação da Câmara, e que não admite que Collares ponha em dúvida suas atitudes enquanto presidente da Câmara. Em seguida, indeferiu o pedido do deputado gaúcho.
Deixe um comentário